sábado, 7 de novembro de 2015

Bonecas, amigurumi e representatividade

Tenho vivido muito tempo da minha vida com crianças, comecei como estagiaria e hoje sou professora de educação infantil da rede publica há quase vinte anos. Com o passar do tempo fui ficando incomodada com os brinquedos que oferecíamos para as crianças.

As crianças pequenas tem necessidades muito especificas, e no geral, todas as bonecas são de plastico e representam sempre o mesmo tipo físico. Raramente aparecia na escola uma boneca negra, por exemplo.

Me tornei mãe, e não ficou mais fácil, era muito difícil encontrar as bonecas que eu queria dar pra minha filha, evitei a Barbie até quando deu (ganhou de presente do tio) .

Então me reaproximei do crochê  e conheci a técnica do amigurumi, técnica japonesa de crochê de confeccionar bonecos em crochê, usando pontos baixo e percebi as incríveis possibilidades da técnica

Agora posso fazer as bonecas colocando nelas as características que eu acredito ser importante:

- Boneca tem que ser fofa: a criança tem que poder abraçar a boneca, tem que se sentir aconchegada, ás vezes  consolada. Acontece muita troca emocional entre a criança e sua boneca

- O rosto deve ser neutro: como a criança vai brincar que " o nenê tá dodói", com uma boneca que sorri estaticamente de orelha a orelha o tempo todo. Com o rosto neutro a criança pode preencher as lacunas com sua  imaginação na hora de brincar

- Representatividade: a criança tem que se ver na boneca, a criança pequena está construindo sua identidade , ela tem que se ver representada, tem que ser protagonista, tem que ter suas características físicas valorizadas

E pensando tudo isso surgiram as fofuchas , olha elas aí! To adorando fazê-las

Se gostou pode me chamar no Facebook estou sempre por ali ;)





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